quinta-feira, 31 de julho de 2008













PARABÉNS CECÍLIA!

E hoje, foi o primeiro aniversário da Cecília,
a filha lindinha do Diogo e sobrinha-neta do Marcos.
A festa, na "Casa do Sol" foi super animada...
Pena que as fotos ficaram escuras...

quarta-feira, 30 de julho de 2008













ANÚNCIO DE UMA AMIZADE
lisieux

Eu anuncio neste verso o bem mais caro,
sentimento sem igual, formoso e raro,
sem o qual a alma triste se sufoca:

A amizade - esta coisa preciosa,
luz que brilha na manhã mais radiosa.

Ela não é alguma coisa fria e oca
e sim a mão silenciosa
que se estende...

Amizade não se compra,
nem se vende...

Amizade a gente ...
a gente troca!

BH – 2006

terça-feira, 29 de julho de 2008













PARABÉNS!
niver do marcos...
fizemos festinha surpresa...hehehe

domingo, 27 de julho de 2008









BEIJA-FLOR
lisieux

Onde estás, que não mais beijas,
os meus lábios, beija-flor?
E a flor-de-lis, abandonas,
não escreves, telefonas,
e nem mais falas de amor...

Onde pousas, beija-flor...
em que beirais de telhados?
Não mais tu vens visitar
meus sonhos apaixonados
e ficas voando, longe...
e eu aqui, sem saber onde
tu te escondes, beija-flor.

Do outro lado do muro
existe um jardim fechado
mas tu ficaste lá fora...
E a tua flor, eu te juro,
inclina o caule pro lado
buscando onde estás agora...

A flor, sem ti, já fenece,
tiritando ela adormece,
sem teu toque de calor...

Voa, voa, beija-flor...
volta a beijar-me,
sacia
a minha sede de amor...

BH – 26.07.08

sábado, 26 de julho de 2008












CIRANDA
lisieux

Roda, roda,
mundana roda de emoções,
gigante roda,
rolo compressor
que passa,
sem piedade e sem pudor,
sobre pessoas,
civilizações.

Mundana roda,
de valores vis...
Girando sempre
em direção contrária
aos coloridos
sonhos infantis.


BH - 08.03.07

sexta-feira, 18 de julho de 2008













AVESSO
lisieux

E tu chegaste, virando o meu mundo pelo avesso, revertendo o rumo das marés e fazendo o sol nascer à meia-noite.
Bagunçaste o meu coreto, abalaste as minhas estruturas, provocaste um terremoto nas minhas entranhas.
Tu rompeste a barreira do som e ribombaste em meus ouvidos; viajaste à velocidade da luz e chegaste, centelhas, aos meus olhos, iluminando tudo;
E tu chegaste e modificaste a minha vidinha repartição-pública, tornando-a profissional liberal, sem hora, senhora do meu nariz, dona do mundo.
Chegaste furacão, tufão, maremoto, soprando ventos, agitando ondas, movendo as placas tectônicas...
E eu, poeira cósmica, partícula estelar, centelha infinitesimal, zero á esquerda, saltei espaços, viajei eras, atravessei séculos...e, cá estou, nos teus braços: inteira, refeita, perfeita... mulher!

quinta-feira, 17 de julho de 2008












REPARTIR
lisieux

Com tão poucos neste mundo tendo tudo
e com tantos que não têm o que comer...
com milhares sem ter nada, é absurdo,
continuarmos com a cegueira de não ver
que não ganhamos nada com a cobiça...

Que Deus nos faça amar e repartir
para que todos vivam com justiça...

lisieux

(Feito para o Varal do Lun'as)

terça-feira, 15 de julho de 2008












TRANSLÚCIDA
lisieux

O olho castanho opaco, refletido no espelho do banheiro, foi a última coisa que viu. Depois, sumiu... desapareceu num mundo de faz-de-conta, avesso de tudo.
Custou a se dar conta disso, acostumada que estava a ser ignorada. Demorou a perceber que se tinha tornado definitivamente invisível. Mulher de cristal através do qual os olhares passavam, indo se fixar em outro ponto.
Bem que tentou fazer-se notar. Tilintou em noites de gala; cristal da Boemia, refletiu o vermelho do vinho, borbulhou o champagne francês; serviu fresca água a lábios sedentos em muitas manhãs. Também reverberou o brilho do sol em janelas, artísticos vitrais.
Nada adiantou: permaneceu invisível, transparente.
Um dia, deixou-se cair. Delicada peça, partiu-se em mil pedaços.
O companheiro ajuntou os cacos, apenas para não ferir os pés. Jogou os estilhaços pela janela dos fundos, no pequeno quintal...

E... lá ficou ela, refletindo a pálida luz distante das estrelas.

sábado, 12 de julho de 2008















TANGO
lisieux

Penduro
em um
.....cabide
minhas descabidas
fúrias

e
- num laivo de loucura -
ro
do
pi
o
pela sala.

segunda-feira, 7 de julho de 2008













TECELÃO
lisieux

Teus dedos tecem
tortuosas teias
nas entranhas das veias

BH - 29.04.07

domingo, 6 de julho de 2008











PÁGINAS DA VIDA
lisieux

As páginas da vida, uma a uma...
são viradas pelos ventos do destino...

Muitas levam um marcador naquele trecho
que nos lembra alguma mágica etapa...

A cada dia, uma página viramos,
alegrias e tristezas, desfilamos,
até que um dia, é fechada
a contracapa...

sexta-feira, 4 de julho de 2008















À ESPERA
lisieux

Pela janela, do meu quarto, solitária
eu fico olhando para a rua, a esperar
reconstruindo aquela história imaginária
em que você voltava agora, pra ficar.

Mas pela rua passam carros, motos, gente,
porém você não aparece lá na esquina
e dos meus olhos brota um rio, de repente...
será, meu Deus, que ficar só é a minha sina?

Mas eu insisto em esperar, inconformada,
na esperança de que um dia, assim, “do nada”
você retorne, pra aplacar a minha dor...

Um dia destes você vem pela calçada....
e vamos juntos caminhar na mesma estrada,
iluminados pela luz do nosso amor.

BH – 09.06.08

quinta-feira, 3 de julho de 2008















DENTRO DE MIM
lisieux

Dentro de mim também reside um estranho ser
tão sem juízo quanto o teu, também insano
que sofre a dor desta amargura e desengano
mas que não sabe amenizar esse sofrer...

Porém a louca criatura sabe ver
na dor que sente talvez um secreto plano
de um deus que acorda a inspiração e, desumano
faz dessa dor matéria-prima pra escrever.

Dentro de mim, desesperada, a criatura,
também não sabe, um só minuto, o que é ter paz
a carregar o peso enorme dessa dor.

E solitária, só conhece a desventura...
dentro de mim, essa poeta também jaz
já sepultada, pela falta desse amor.

BH – 08.06.08