segunda-feira, 13 de outubro de 2008

BICHO-PAPÃO

lisieux

Noite, negrume
sombras na parede...
Vento nas cortinas,
sons de assombração.
Gemidos sufocados,
susto nas retinas
lábios secos, sede,
dor no coração...

Eu não temo os mil demônios
que assolam a escuridão...

A causa da minha insônia,
da aflita taquicardia,
do choro e melancolia
que me roem o coração,
não é o medo da noite
nem minha triste impotência...

O que temo é a solidão...

E apenas a tua ausência
é o meu bicho-papão.

BH – 24.01.07

Nenhum comentário: