terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
BEIJO DE BITES
lisieux
Que a tua terça-feira seja bela
cheia de encantos, cheia de magia...
É pena que não seja qual novela,
em que eu te tenha como companhia...
É pena que se passem noite e dia
sem teu abraço a me confortar...
E a minha vida seja tão vazia
quanto as crateras do solo lunar.
Então te envio um beijo virtual
de despedida, chegando o final
do dia que passei, de luta e afã...
E agora vou dormir... o meu castigo,
é só poder, amor, sonhar contigo,
à espera do teu beijo, de manhã.
BH - 17.04.07
02h28
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
É NATAL?
Quando o Natal se aproxima,
sinto uma grande tristeza:
não consigo achar a rima
que rime luxo e pobreza. - Thalma Tavares
lisieux
(glosando mote de Thalma Tavares)
QUANDO O NATAL SE APROXIMA
repleto de luz e cores,
toda a cidade se anima,
põe de lado as suas dores.
Mas eu não fico animada,
SINTO UMA GRANDE TRISTEZA.
Não consigo ver, em nada,
nem alegria ou beleza.
Oro ao cara lá de cima
que me dê inspiração...
NÃO CONSIGO ACHAR A RIMA
pra natalina canção...
Nesta data comercial
- onde o que conta é a riqueza -
verso não tenho, afinal,
QUE RIME LUXO E POBREZA.
BH – 12.12.08
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Credo! Quanto tempo sem postar!
e hoje também estou com preguiça... rs
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segunda-feira, 13 de outubro de 2008
BICHO-PAPÃO
lisieux
Noite, negrume
sombras na parede...
Vento nas cortinas,
sons de assombração.
Gemidos sufocados,
susto nas retinas
lábios secos, sede,
dor no coração...
Eu não temo os mil demônios
que assolam a escuridão...
A causa da minha insônia,
da aflita taquicardia,
do choro e melancolia
que me roem o coração,
não é o medo da noite
nem minha triste impotência...
O que temo é a solidão...
E apenas a tua ausência
é o meu bicho-papão.
BH – 24.01.07
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008
CENA URBANA
lisieux
MOTE: "Ninguém percebeu
a cor do sangue que sujava a imagem" (Regina Más)
a falta de coragem,
de ânimo, amor,
impedia os passantes
de enxergarem a cena,
a cor do sangue, da pele,
da dor, da omissão...
Nem polícia, resgate,
SAMU, rabecão...
nem padre ou pastor
pra dizer oração
apenas os passos do povo apressado
os olhos toldados no sol de verão
sequer um cachorro a farejar
o corpo caído
em putrefação...
o sangue secando na rua
já não tinha cor...
vermelha a falta de vergonha.
BH - 20.10.07
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terça-feira, 30 de setembro de 2008
DE COSTAS
lisieux
O meu poeta,
me virou as costas
e desapareceu...
Foi-se de repente,
na nuvem pesada,
no raio, trovão,
na chuva, torrente,
na água, enxurrada,
elementos em fúria
no meu coração.
Sumiu bem ali,
numa curva de estrada.
E o fio do verso
ficou esticado,
chorando, plangente,
qual corda retesa
de um violino...
Qual fera, qual presa,
calado, dormente,
maluco, perverso,
total desatino...
Queria enrolar
o novelo do verso
trazê-lo pra perto,
apertá-lo em meu peito...
Porém eu receio
poeta querido,
que o fio se rompa,
se parta no meio...
Depois de rompê-lo,
tu fiques, pra sempre,
rodando no meio
do verso,do sonho,
cruel pesadelo.
BH - 05.02.07
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008
DE CHEGADAS E PARTIDAS
lisieux
chegou, sentou-se
e acendeu o pito.
perguntou pelo café,
reclamou: tá demorando!
depois, levantou-se...
saiu pela porta
e eu me pergunto:
até quando?
lisieux - BH
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quarta-feira, 10 de setembro de 2008
DE POETAS E DE LOUCOS
lisieux
Difícil rotular quem é "normal",
no mundo complicado de hoje em dia...
Difícil distinguir o bem do mal
ou separar coragem e covardia...
Porém insisto em fazer poesia
e vou seguindo e grito, mesmo rouco...
de poeta e de louco, todo mundo tem um pouco.
BH - 13.02.08
Para o Varal do Lun'as
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domingo, 7 de setembro de 2008
DENTRO DE MIM
lisieux
Dentro de mim também reside um estranho ser
tão sem juízo quanto o teu, também insano
que sofre a dor desta amargura e desengano
mas que não sabe amenizar esse sofrer...
Porém a louca criatura sabe ver
na dor que sente talvez um secreto plano
de um deus que acorda a inspiração e, desumano
faz dessa dor matéria-prima pra escrever.
Dentro de mim, desesperada, a criatura,
também não sabe, um só minuto, o que é ter paz
a carregar o peso enorme dessa dor.
E solitária, só conhece a desventura...
dentro de mim, essa poeta também jaz
já sepultada, pela falta desse amor.
BH – 08.06.08
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008
EM EVOLUÇÃO
lisieux
Eu me lembro de ti, apesar de imperfeito,
eu me lembro de ti, caçador de ilusões,
pois na Terra não mora nenhum ser perfeito
e no mundo não temos ninguém sem senões.
Eu me lembro de ti, quebrador de conceito
eu me lembro de ti, professor de lições
que me fazem quebrar todo meu preconceito
contra gestos, palavras, preceitos e ações.
Eu me lembro de ti, meu amado poeta
também sei que pra ti eu sou a predileta
entre todas as musas que têm teu carinho.
Também sei que um poeta é um mero mortal
que se esforça por ser criatura ideal
mas que às vezes se perde no árduo caminho.
BH - 26/02/08
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008
ENTRE RISOS E LÁGRIMAS
lisieux
VARAL 24 - 2008
Entre risos e lágrimas, lá se vai
a vida, a desfilar pelos meus olhos...
Ora vivendo uma alegria inesperada
ou mergulhando em angústia e sofrimento...
Mas não reclamo dessa vida, não lamento...
pois essa gama de diversos sentimentos
é que colorem nossos bons e maus momentos.
lisieux - BH
28.05.08
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quarta-feira, 27 de agosto de 2008
ENTULHO
lisieux
No entulho as rimas se escondem
não posso achá-las
o lixo as encoberta
e fico apenas a sonhar poemas
olhar parado
e a boca aberta...
o canto do canário
não é poema:
é milagre.
BH - 08.09.07
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